sábado, 23 de maio de 2009

Signo segundo a Escola Saussureana

Segundo a escola saussureana, o signo é uma questão bifacial, ou seja, está composta em duas partes: um significante (Se) e um significado (So) e o signo vem ser a junção destas faces.
(Se+So = signo), sendo que o signo é sempre mental e é a representação que eu tenho de algo na minha cabeça/mente.
Por ser um lingüista, Saussure não considerava que o signo fosse a representação de uma palavra, não considerando sua materialidade externa que anos mais tarde, Luis J. Pietro vai considerar a materialidade externa como sendo sinal.
A representação deste sinal vai para a mente como uma imagem acústica e se acopla a um significante (Se) que é o referente, para este referente se acopla um significado (So), que é o conteúdo da coisa, o significado daquilo que é percebido e representado na minha mente.

Em seus estudos Ferdinand de Saussure tem dois problemas:
1) não considera a matéria externa;
2) diz que o significado (So) é o conceito da coisa, mas não especifica que coisa é essa.
Pois, se o significante (referente) pode ser diferente para diferentes pessoas, pode causar também significados diferentes, não é?
Bom, o que eu posso dizer é que para Saussure, uma palavra compõe um signo, e este é uma entidade montada de duas faces: Significante (imagem acústica) e significado (conteúdo da coisa) e para ser um signo é necessário a junção destas duas faces, se tiver apenas uma, nós não teremos o signo.
Saussure fala do significante sendo só a imagem acústica, oral, quem vai usar também para a escrita, no caso a imagem gráfica (traço/marcas/riscos) é Rolanda Barthes.
Se eu pronuncio a palavra ÁRVORE, esta cadeia sonora, cria na minha mente um correspondente a essa pronúncia. Temos montados na cabeça um elemento capaz de reconhecer o que está de fora, no caso da palavra escrita, há na nossa mente essa imagem.
O significante (Se) é a imagem mental de uma cadeia sonora. Toda vez que determinada matéria chega ao cérebro com algum sentido e o cérebro acopla isto a um significado, nós estamos na presença de uma função signica.
Isto significa dizer que o signo é sempre mental.
Tanto (Se) quanto o (So) são mentais.
O signo na escola saussureana “é uma folha de papel que tem dois versos, um destes lados é o conceito, o outro a imagem acústica”.
“o pensamento é o anverso e o som é o verso; não se pode cortar um, sem cortar ao mesmo tempo o outro”.
Deixa claro também que o som não é o som material, coisa puramente física, ma a impressão deste som, a representação que dela nos dá o testemunho de nossos sentidos. Do mesmo modo que o significado não é a coisa, mas a imagem mental da coisa.
Se = imagem acústica (palavra oral) imagem gráfica (palavra escrita, etc)
So = conceito/conteúdo
ou ainda

Se = significante (denotativo / conotativo)
So = significado ( idéia da coisa, qualquer coisa)

Um comentário:

Geo Honório De Freitas disse...

Olá, pra mim foi um achado o seu blog, nunca acreditei em amor a primeira vista, mas quando conheci a semiotica tudo mudou. Sou apaixonada em tudo que a envolve, tanto que depois de me formar em Letras acho que estou na profissao errada. Mas tenho que viver apenas um amor platônico com essa ciencia.