terça-feira, 13 de outubro de 2009

Escola Perciana

Se Saussure era um linguista e cuidava da palavra, Peirce por ser um lógico, cuida do lado da lógica. O 'cara' que tem preocupações com a lógica, não está preocupado com a questão do signo.
Peirce não queria saber o que era o signo e sim, saber reocesso pelo qual se eu disse: árvore, a pessoa que ouve sabe do que se fala e quando falar de árvore vai escrever o que é árvore, especificando-a.
Para Peirce, o processo de significação, não é só uma questão de fala e lógica, é qualquer tipo de comunicação. Em outras palavras, Peirce não considera apenas o signo, mas sim, o processo de formação do mesmo e para este processo dá o nome de semiose.
A semiose é um processo triádicoque relaciona um signo-veículo, um objeto (mental) e um interpretante. A parte externa que dá origem à percepção é chamada de representâmen (mais tarde Peirce coloca que essa materialidade poderia ser rel - percebida pelos sentidos) - ou mental - não percebida pelos sentidos, sendo que este mental ainda poderia ser dividido em imaginável e inimaginável.

A parte externa (representâmen) é percebida e representada na mente como um signo (que está para alguém no lugar de alguma coisa, que não ela mesma) que é acoplado a um objeto mental e dá origem à um signo parecido com o primeiro ou mais desenvolvido que é o interpretante (I).
Podem surgir diferentes interpretantes que vão dar origem a uma cadeia de interpretantes.
Isto na Escola Saussureana é considerado 'os diferentes significados conotadores que posso ter para o mesmo significante. E no (I) que se acopla ao conceito da coisa.
Portanto, para Peirce, estudar o signo é trabalhar com uma questão relacional de signo, interpretante e objeto e a esta relação chamamos de SEMIOSE.

Nenhum comentário: