Língua e escrita são dois sistemas de signos distintos; a única razão de ser do segundo é representar o primeiro. O objeto lingüístico não é definido pela combinação da palavra escrita e da palavra falada; esta última constitui sozinha esse objeto.
A escrita não é o resultado de um simples exercício de transcrição.
Não compreender é demonstrar humildade diante do mistério.
Para ler bem é preciso decifrar bem. A compreensão não faz parte do ato de leitura propriamente dito; ela ocorre depois desse lento trabalho de transposição dos signos escritos em signos vocais.
A decifração se confunde com a leitura em voz alta; precedendo a compreensão ela permite o surgimento do sentido.
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