sexta-feira, 8 de março de 2019

A Semiótica do Carnaval

Olá pessoal, voltando às atividades, não teria como fugir da temática do carnaval.

Ao fazer uma rápida busca no 'oráculo Google' encontrei o artigo "Carnaval, samba e comunicação no morro da Mangueira". Eureka! alguém conseguiu reunir em 17 páginas, a campeã do Carnaval 2019, semiótica, comunicação, folkcomunicação, tudo num único artigo.
Isso que eu chamo de sorte!
A autora Regina Glória Andrade, escolheu o carnaval como objeto de estudo da folkcomunicação. Questionamentos como, qual o seu significado? O porquê desta festa ter um encanto tão especial a ponto de parar o País? Ou do Brasil ser denominado como "País do Carnaval"?  Afinal, quem nunca ouviu ou blasfemou que o ano só começa após o carnaval que atire a primeira pedra.

terça-feira, 13 de março de 2018

Gêneros textuais, tipificação e interação – Parte 1


O post de hoje, é baseado na coletânea de textos do linguista norte-americano Charles Bazerman. A intenção é oxigenar nossas reflexões teóricas e auxiliar na atividade de ensino no que diz respeito aos gêneros textuais.
Por se tratar de ensaios que trabalham com um conjunto de gêneros e estes oferecem uma rica e sólida base para análises com uma visão menos limitada e mais dinâmica da tipificação, vamos dividir esse resumo do livro em cinco partes.
A primeira parte é a que Bazerman diz que essa coletânea de textos é mais do que um estudo de gênero em si, é um estudo da circulação de discursos e da inovação dos formatos dessa circulação, em termos de meios, canais, modos retóricos e tipificação. Sua convicção central é quanto ao uso de textos, onde ele reflete que “não apenas organizamos nossas ações diárias, como também criamos significações e fatos sociais num processo interativo tipificado num sistema de atividades que encadeia significativamente as ações discursivas”. Pareceu confuso!? Senta aí que a conversa é longa.
Charles Bazerman se interessa pelo aspecto sociopolítico envolvido nas formas textuais típicas que comandam nossas ações diárias. E não é gratuitamente que faz longas análises do formulário de declaração do imposto de renda norte-americano, tendo em vista a extensa rede de gêneros interligados e a intertextualidade que esse gênero envolve para a vida do cidadão.

Gênero

Gênero é um conceito central para os estudos semióticos russos, sobretudo depois que Mikhail Bakhtin o tornou chave da poética histórica à luz do dialogismo.
A este respeito Bakthin diz que cada esfera conhece seus gêneros apropriados as suas especificidades aos quais correspondem determinados estilos. Uma dada função (científica, técnica, ideológica, oficial, cotidiana) e dadas condições, específicas para cada uma das esferas da comunicação verbal, geram um dado gênero, ou seja, um dado tipo de enunciado, relativamente estável do ponto de vista temático, composicional e estilístico.
Segundo Bakhtin, gênero define as infinitas possibilidades de uso da linguagem  na produção de mensagens no tempo e no espaço das culturas. A necessidade de entender as formas comunicativas de um mundo prosaico levou este autor à formulação dos gêneros discursivos que, ao se reportarem às esferas de uso de linguagem através de um processo combinatório, aciona o mecanismo semiótico da modelização

quinta-feira, 8 de março de 2018

Texto e Códigos Culturais


Texto
O texto é uma unidade de sentido, no qual múltiplas partes falam de modo coeso. Alguns autores definem como fios que tecem uma trama já que o texto tem conteúdo, expressão e forma. É preciso ver como o texto mostra e o que mostra. Você sabia que a imagem também é um texto? Isso mesmo, ela me diz algo porque tem estruturação, porque se estrutura como uma linguagem que relaciona expressão, conteúdo, contexto. Portanto, imagem também é um texto!!
A semiótica greimasiana, tem como foco o texto. Para Greimas, não basta somente ler obras representativas sem relacioná-las com outros textos da época, bem como o de outras épocas. Segundo a semiótica greimasiana, não tem sentido um aluno ler Navio negreiro, de Castro Alves, sem relacioná-lo a obras como os poemas de Luís Gama, sem assistir, por exemplo, a Amistad, sem ler Negrinha, de Monteiro Lobato, sem ouvir alguns sambas em que a figura do negro aparece deturpada.  A escrava Isaura, de Bernardo Guimarães, embora cheio de boas intenções, tem por trás de si a intenção de apresentar uma escrava branca, a fim de não ferir os leitores da época.